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A pandemia trouxe, para todos nós uma série de novos desafios em diversas áreas da nossa vida, como trabalho, relacionamentos, autocuidado. Por conta disso, tem crescido a procura por atendimento psicológico. A preocupação com o vírus tem feito com que mais e mais pessoas prefiram serviços remotos, que não envolvem o contato presencial. Nós, do Núcleo Interface, viemos nos adaptando para poder continuar oferecendo atendimento psicológico à distância, que já realizávamos mesmo antes do início da pandemia.

Como funciona

A pessoa interessada entra em contato conosco pelo formulário no nosso site ou pelo nosso Whatsapp e então nós encaminhamos para um profissional da equipe, que irá realizar o atendimento por meio de uma ferramenta de vídeo-chamada a ser combinada com a pessoa que será atendida. Pode ser por Zoom, Google Meet, Skype, chamada de vídeo do WhatsApp ou qualquer outra ferramenta.

A primeira consulta é gratuita. A ideia é que a pessoa interessada em fazer terapia possa falar sobre suas expectativas em relação à psicoterapia e tirar eventuais dúvidas sobre como funciona o serviço, para então decidir se quer dar continuidade. As demais consultas costumam acontecer uma vez por semana, em dia e horário combinados com o profissional.

Cuidados

Para realizar atendimento psicológico online, o psicólogo, além de um registro no CRP válido, precisa fazer um cadastro no Conselho Federal de Psicologia específico para o atendimento online. É o chamado “e-psi”. Esse cadastro é uma forma de regulamentar essa modalidade de atendimento que tanto cresceu no último ano. Todos os profissionais do Núcleo Interface possuem e-psi.

Já nos atendimentos em si, o principal cuidado prático que nós profissionais tomamos quando realizamos um atendimento online é com questão da privacidade e sigilo sobre o que é dito nas sessões de terapia. Porta fechada e fone de ouvido são cuidados que deixam a pessoa em atendimento mais segura para se abrir.

Há diferença nos resultados da terapia online?

Tirando o formato e os cuidados específicos de uma plataforma online, o atendimento é exatamente igual a um atendimento presencial. Pela nossa experiência, os resultados obtidos na terapia online são semelhantes à modalidade presencial. A possibilidade de escuta, acolhimento, esclarecimento e propostas práticas para a vida da pessoa que faz terapia acontecem da mesma forma.

Nosso objetivo é que a pessoa atendida tenha autonomia e controle sobre o processo terapêutico, para que ele ocorra da maneira que realmente será útil para ela. Portanto, acreditamos que ela poder escolher a modalidade de atendimento, sabendo que o cuidado recebido será o mesmo, é um dos fatores que contribuem para o sucesso da psicoterapia.

Como faço para agendar uma primeira sessão?

Basta acessar o nosso formulário ou mande uma mensagem via WhatsApp.

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A Síndrome de Burnout (ou esgotamento) já era um diagnóstico muito recorrente entre pessoas que trabalham no mundo corporativo e em outras áreas desgastantes, como saúde e educação. Uma pesquisa americana¹ identificou 23% de pessoas empregadas em burnout constante e 44% em burnout ocasional. Desde o início da pandemia, sua prevalência tem se tornado ainda maior, sendo um dos principais “efeitos colaterais” da Covid-19 na saúde mental da população.

Caracterizada por sintomas que mesclam ansiedade e depressão, o burnout é uma doença laboral que decorre de condições de trabalho desgastantes, como alto volume de tarefas, falta de reconhecimento, falta de autonomia e controle sobre as próprias atividades, assédio moral e aspectos culturais². Além desses aspectos, tivemos, com a pandemia, ainda mais fatores que causam estresse nos trabalhadores e que são específicos desse tempo, como:

  • Perda dos limites entre vida pessoal e profissional
  • Ser acessado em qualquer local e horário com aplicativos de comunicação (como WhatsApp)
  • Perda de contato pessoal com colegas e de conversas que não sejam apenas referentes a trabalho
  • Acúmulo de trabalho com outras demandas (tarefas domésticas, aulas dos filhos)
  • Impossibilidade atividades de lazer (viagens, cinema, shows, contato com família e amigos)

No burnout, é comum que a pessoa sinta que a sua “bateria” acabou, se sentindo incapaz de realizar atividades que, em outro momento, já foram simples para ela. Dificuldade de concentração também é outro aspecto comum. O organismo está exausto e não consegue mais agir.
Embora um perfil pessoal de alta exigência consigo mesmo (perfeccionismo) podem aumentar a possibilidade do burnout, os principais fatores são externos à pessoa. Sendo assim, qual o papel da psicoterapia nesses quadros?

Um fator importantíssimo é que a terapia não acrescente mais um peso sobre a pessoa, dando a entender que ela é culpada pelo burnout ou que sair dele depende apenas dela. Ao contrário, é preciso identificar quais fatores externos têm trazido estresse e traçar uma linha clara entre o que está no controle ou não da pessoa.

É comum que se busque concomitantemente o atendimento psiquiátrico, já que, mais do que apenas medicar, o psiquiatra pode afastar a pessoa do trabalho. O afastamento é importante porque a pessoa com burnout necessita, primordialmente, de descanso.

Também podem ser abordadas na terapia expectativas que a pessoa possa ter em relação ao seu próprio desempenho, ajustes no retorno ao trabalho, estratégias para negociação de melhorias junto à empresa. Tudo isso além do que a terapia sempre oferece, que é apoio e suporte num ambiente sem julgamentos.

Empresas que levam a sério a saúde de seus funcionários devem olhar para casos de burnout com preocupação e buscar fazer mudanças internas que previnam o problema. Caso contrário, terão constantemente pessoas em afastamento, pouco produtivas e com muita rotatividade.

Sendo assim, o tratamento ideal para o burnout envolve mudanças no ambiente de trabalho, acompanhamento médico e psicológico. Quando se cerca o problema de todos os lados, com mudanças no contexto externo e interno da pessoa, é possível que ela se recupere e consiga manter-se saudável no trabalho.

Referências:
1.    Gallup. Employee Burnout: Causes and Cures. https://www.gallup.com/workplace/282659/employee-burnout-perspective-paper.aspx
2.    Roskam, I., Aguiar, J., Akgun, E., Arikan, G., Artavia, M., Avalosse, H., ... & Mikolajczak, M. (2021). Parental burnout around the globe: A 42-country study. Affective science, 2(1), 58-79.

sigiloO que é o sigilo profissional?

O sigilo profissional é um dos aspectos mais importantes para o bom desenvolvimento da relação terapêutica e, por consequência, da psicoterapia como um todo. Ele é garantido pelo código de ética do psicólogo, que diz o seguinte no seu artigo 9º:

É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

Isso significa, de forma simples, que o psicólogo não pode expor aquilo que é relatado num atendimento psicológico. Essa garantia de confidencialidade é essencial para que a pessoa atendida se sinta segura para expressar conteúdos íntimos sem o receio de que eles sejam divulgados.

O psicólogo pode quebrar o sigilo profissional?

Sim. O artigo 10 do código de ética diz:

Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.

Os princípios fundamentais do código se referem a diversos aspectos como a liberdade, dignidade e integridade do ser humano. Isso quer dizer que, por exemplo, se uma pessoa se coloca ou pretende se colocar em uma situação de risco à sua integridade, o psicólogo pode romper o sigilo para preservá-la. Outra situação em que o sigilo deve ser quebrado é no caso de maus tratos contra crianças e adolescentes, sendo obrigatória uma denúncia.

O psicólogo também pode abrir o conteúdo do atendimento quando está inserido numa equipe multiprofissional ou quando é solicitado pela justiça a fazê-lo. Nesses casos, entretanto, ele deve descrever apenas aquilo que for essencial.

Esses contextos, porém, são exceções. De maneira geral, são raras as situações que justificam a quebra de sigilo.

Como é o sigilo das interações do psicólogo com outras pessoas além da pessoa atendida?

O sigilo quer dizer que nada que a pessoa atendida diz na sessão pode sair do atendimento, exceto nos casos mencionados acima. Agora, quando uma pessoa que tem relação com a pessoa atendida entra em contato com o psicólogo, o conteúdo dessa interação não está sujeito ao sigilo. Ao contrário, nessas situações é de bom tom, a fim de preservar a transparência da relação terapêutica, que o psicólogo comunique à pessoa atendida que ele foi contatado por algum conhecido. É comum que terceiros busquem interferir na psicoterapia de uma pessoa — por vezes até com boa intenção. Entretanto, o compromisso do psicólogo é com a pessoa atendida.

O que fazer se acredito que o sigilo foi quebrado indevidamente?

É possível, nesses casos, fazer uma denúncia ao Conselho Regional de Psicologia da sua região. Ou, caso esteja fazendo psicoterapia com um psiquiatra, ao Conselho Regional de Medicina. Vale tomar cuidado, porém, caso você esteja fazendo psicoterapia com algum profissional que não está nessas categorias, pois ele pode não ter nenhum órgão ou código de ética que regula sua prática. Nesses casos, você não teria a quem recorrer caso se sinta prejudicado na relação terapêutica.

psicoterapia

Atualmente, existe uma variedade de terapias à disposição das pessoas que buscam formas de se cuidar e de melhorar suas vidas. O fato de haver esse interesse no autocuidado e essa oferta de serviço por muitas pessoas — muitas vezes até bem-intencionadas — mostra um aspecto positivo da nossa época.

No entanto, quando se trata de psicoterapia, um cuidado maior é necessário. A psicoterapia é um processo delicado, em que aspectos complexos e profundos do nosso funcionamento psíquico são trabalhados. Quando isso é feito por alguém que não tem a capacitação adequada, há grandes riscos de o processo trazer mais problemas do que resolvê-los e transformar a psicoterapia num processo traumático.

Os psicólogos e psicólogas são os profissionais que têm a formação específica para avaliar, compreender, cuidar e tratar de questões emocionais e comportamentais. Fazer psicoterapia com uma psicóloga tem uma série de vantagens. Quais são elas?

1. A formação é extensa e adequada

O curso de psicologia é um curso de graduação que dura cinco anos. Para obter um diploma de psicólogo, o aluno precisa, além de cumprir todas as disciplinas teóricas, realizar uma grande carga horária de estágios com supervisão, já saindo da faculdade com experiências práticas nas suas áreas de atuação. Além disso, muitos psicólogos clínicos realizam cursos de pós-graduação, para aprimorar-se na sua abordagem de trabalho clínico. Só para você ter uma ideia, um curso de especialização em terapia cognitivo-comportamental tem mais de 450 horas entre aulas, atendimentos e supervisões.

2. A psicologia tem um conselho de classe

A profissão de psicólogo é regulamentada pela lei 4119, de 27/8/62. Ou seja, é uma profissão estabelecida no Brasil há mais de 50 anos. Além disso, todos os psicólogos atuantes devem estar registrados no Conselho Regional de Psicologia (CRP) de seu estado. Isso significa que o trabalho do psicólogo é orientado, acompanhado e fiscalizado pelo conselho. Se você tiver algum problema com a atuação de um psicólogo, você tem a quem recorrer e reclamar. O mesmo acontece com médicos psiquiatras, que estão inscritos no Conselho Regional de Medicina. Quando você faz uma psicoterapia com um profissional que não tem sua atuação regulamentada, não tem essa segurança.

3. Qualidade técnica e científica

O trabalho do psicólogo é regido pelo Código de Ética Profissional. Nele, há uma série de diretrizes sobre como deve ser a conduta nos atendimentos. E uma das coisas que o código diz é que o trabalho do psicólogo deve se basear em técnicas e ferramentas científicas. Ou seja, um psicólogo não trabalha com nada que não tenha respaldo da sua eficácia e validade. Isso garante a qualidade e seriedade da psicoterapia.

4. O psicólogo é um profissional de saúde

Ele está presente em equipes multidisciplinares de cuidados de saúde em UBSs, hospitais, CAPS, clínicas e outros serviços, juntamente com médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. A psicoterapia é uma ferramenta de promoção, prevenção e cuidado na área de saúde mental. Por conta disso, mesmo em psicoterapias individuais, é comum que o psicólogo trabalhe em conjunto com outros profissionais, fornecendo um serviço amplo de saúde para a pessoa atendida.

5. Você pode ter reembolso do seu plano de saúde

Uma vez que o psicólogo é uma profissional de saúde reconhecido, você pode obter reembolso de valores parciais ou totais do gasto com a sua psicoterapia pelo seu plano de saúde. Muitos planos também contam com profissionais cadastrados, em que o atendimento é integralmente coberto pelo convênio. Basta que você tenha um encaminhamento médico para a psicoterapia. Ah, e se você preferir, pode usar os recibos ou notas fiscais de sessões psicológicas para abatimento no Imposto de Renda.

Por isso, se você está buscando uma psicoterapia com qualidade e segurança, não se arrisque. Procure um psicólogo ou psicóloga.